A Universidade Estadual de Goiás (UEG) realizou nessa quarta-feira, 19, a Conferência Novos Rumos na Formação Superior: inovações e transformações sociais, no Câmpus UEG Aparecida de Goiânia. Na abertura do evento o reitor da UEG, professor Haroldo Reimer, parabenizou todas as pessoas que fazem a Instituição, destacando as contribuições de cada uma delas nos avanços e conquistas alcançados.
“Quero reconhecer o protagonismo, a pró-atividade e o esforço de todos que no dia a dia movimentam a nossa Universidade. Apesar das adversidades há uma profunda sintonia para fazer da UEG uma grande instituição de ensino superior”, observou o reitor.
A presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), professora Maria Zaira Turchi, representou e fez a leitura da mensagem de felicitações do governador Marconi Perillo pelos 18 anos da UEG. “A UEG é um exemplo de instituição que busca se reinventar sempre. Uma Instituição que está em sintonia com as mais modernas práticas de ensino, pesquisa e extensão. Uma Universidade que aprendeu a pensar globalmente sem deixar de atuar de maneira inclusiva e democrática no contexto local”, dizia a mensagem.
A pró-reitora de Graduação da UEG, professora Maria Olinda Barreto, destacou a importância da Universidade para Goiás. A professora também leu uma mensagem enviada pela presidente do Conselho Estadual de Educação, professora Ester Carvalho. “O Conselho Estadual de Educação comemora e parabeniza os que contribuíram para a consolidação da UEG, uma referência de educação superior de qualidade”, felicitou.
“Já está confirmado e comprovado com dados, que a presença da UEG mudou regiões e municípios. Seja do ponto de vista educacional, do ponto de vista do desenvolvimento social e econômico”, afirma a professora Maria Zaira Turchi, que aponta ainda que a Instituição deu um salto de excelência e qualidade ao mesmo tem em que construiu uma plataforma que tem como base a educação como fator de transformação.
Para o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, a UEG foi primordial para que o município recebesse o título de cidade universitária. “A UEG fomenta a educação profissional e tecnológica, qualifica a mão de obra para os cinco polos industriais existentes em Aparecida de Goiânia, gerando emprego e renda para toda população”, afirmou.
A perspectiva de transformação foi também a tônica da mesa redonda Formando Cidadãos: da universidade à comunidade, que deu início às discussões do dia, uma reflexão que segundo o pró-reitor de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis, professor Marcos Torres, busca o avanço do estado a partir da educação superior inclusiva.
“Foi possível perceber na discussão a indicação de que a excelência e a qualidade só se realiza com a inclusão social. Foi um debate bastante significativo que nos proporcionou o olhar teórico, mas que também apresentou da vivência do cotidiano dos movimentos que a UEG faz em sua inserção no Estado de Goiás”, analisa.
A professora do Curso de Cinema e Audiovisual, Ceiça Ferreira, afirmou que a proposta da mesma dialoga diretamente com a proposta da própria instituição, que prima por ser uma Universidade inclusiva. “A UEG chega aos 18 anos e tem como pilar esse desejo de ser uma universidade ao alcance de todos. Portanto, é muito válida a iniciativa de repensar essa formação, principalmente em uma universidade que tem um histórico como a nossa. Eu acredito que nós podemos costurar outras práticas e perspectivas pedagógicas para pensar ensino, pesquisa e extensão”, diz.
Os professores observam ainda que a inclusão de novos sujeitos modifica o cenário e abre o escopo de discussões na educação superior. O pró-reitor de Extensão da Universidade do ABC, professor Daniel Pansarelli, assinala que a abertura do ensino superior para os diferentes é uma realidade desse século.
“A universidade está sendo ocupada por sujeitos que sempre estiveram excluídos da vida universitária, o que tem como desdobramento a geração de riqueza cultural para a constituição de currículos e práticas pedagógicas. Eu vejo esse momento como uma oportunidade para as universidades se repensarem e se tornarem referência de qualidade acadêmica com inclusão e diversidade”, aponta.
A professora Divina Leonel Lunas, assessora executiva da Pró-reitoria de pesquisa e Extensão, se insere nesse movimento de novos sujeitos que tem na educação superior o ponto de virada em suas vidas. “Meus irmão e eu fomos os primeiros em nossa família a concluir o ensino superior, por isso eu afirmo que o trabalho que desenvolvemos na UEG é significativo para a formação de milhares de pessoas”, diz.
Para a professora o sentimento de pertencimento é importante para que se tenha dimensão das mudanças que a UEG promove. “Saber que construímos uma universidade de referência e que tem mudado o estado é importante para que nós valorizemos ainda mais a UEG”, atesta.
Um desses exemplos de mudança foi apresentado pelo professor Valtuir Moeira da Silva, diretor do Câmpus UEG de Itapuranga. “As falas dessa mesa trouxeram à tona as realidades de nossa Universidade. A Maria Leal é uma dessas pessoas. Negra, mulher e trabalhadora. Uma pessoa que assumiu o curso com muita dedicação e hoje é professora da rede estadual de Tocantins”, diz.
Para o professor são pessoas como Maria Leal que estão ocupando os bancos de nossas salas de aula. “Ela era o diferente que destoou. E se destacou. É uma história que marcou minha trajetória como professor”, afirma.
A Conferência demonstra o compromisso que a UEG tem buscado reforçar. “Não há dúvidas sobre os potenciais instalados em nossa Universidade. Demos um salto na pós-graduação, temos desenvolvido parcerias estratégicas com o setor produtivo e empresarial. Estamos cada vez mais investindo em pesquisa e inovação, mas principalmente, temos levado ensino público, gratuito, de qualidade e alcance de todos para todo o Estado de Goiás”, afirma o professor Haroldo Reimer.
(Fernando Matos | CeCom|UEG)